sexta-feira, 8 de abril de 2011

Alta Qualidade dos Telescópios Toya

Veja abaixo, imagens captadas pelo Prof. Ricardo Cavallini, de Batatais, SP captadas de um Toya 114mm.

sábado, 8 de maio de 2010

Como Comparar Telescópios

Toda comparação entre telescópios deve ser feita por categoria, por exemplo abertura(objetiva) de 60mm, abertura(objetiva) de 114m, abertura(objetiva) de 150mm, e usada uma mesma ocular.
As categorias são especificadas pelo diâmetro da abertura(objetiva) do telescópio, pois ela  que proporciona a resolução e qualidade da imagem.
Ex: Um objeto ou astro visto com um aumento de 100x em um telescópio de abertura 50mm, terá uma imagem muito menos definida e visível, que este mesmo objeto ou astro, com este mesmo aumento de 100x em um telescópio com abertura(objetiva) maior. Embora o tamanho da imagem seja o mesmo, no de aberturA(objetiva) maior você verá uma imagem  muito mais nítida e com muito mais definição os detalhes.
Comparar sem fazer isso não é comparação, e enganação, e isto está cheio, e é usado por muitas pessoas(algumas ligadas a certas empresas, cadastrados como "observadores") e postados em fóruns de maneira criminosa e inescrupulosa de forma a enganar usuários de boa fé, direcionando a "empresas" ditas por eles, como confiáveis.
Vendemos produtos de ótima qualidade, e os Telescópios Toya são os melhores telescópios em suas categorias.
A fabricante da Toya fornece para a MEADE, a VIXEN, a VIVITAR, a MIZAR(Victorinox), e diversas outras empresas, as mais famosas do mundo.
Portanto atentem bem a isto.

GARANTIMOS: Se comparado em sua categoria, e usadas as mesmas oulares, não existe nenhum telescópio no mundo, superior a um TOYA, nem mesmo as ditas marcas mais conhecidas, que aliás não fabricam nada, e algumas são inclusives clientes do fabricante dos Telescópios TOYA.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O que você poderá ver com um telescópio

Uma das primeiras perguntas feitas pelos candidatos à compra de um telescópio é sobre o que será possível ver através da ocular. Perguntas como "o que vai dar pra ver?" ou "dá pra ver Júpiter e as estrelas?" são as mais comuns e deixam qualquer principiante completamente perdido ante a compra de um instrumento.

Antes de qualquer coisa. é recomedado que se adquira um telescópio de qualidade, e é muito importante saber, que nenhum telescópio existente é capaz de fornecer as mesmas imagens deslumbrante vistas em revistas, na internet ou na televisão. Nem mesmo o telescópio espacial Hubble é capaz de obter paisagens tão impressionantes. Essas imagens são fruto de longas exposições fotográficas onde uma mesma área do espaço é registrada por horas, dias e até mesmo meses, produzindo diversas cenas que são depois somadas, ou como se diz no linguajar astronômico, "empilhadas". Outro detalhe que precisa ser lembrado é que quando observadas através da ocular, ao contrário do que se pensa as estrelas não aumentam de tamanho. Elas apenas brilham mais. Isso faz com que as estrelas antes invisíveis tenham seu brilho aumentado e possam ser vistas e estudadas. Os planetas, ao contrário das estrelas, parecem maiores e suas formas arredondadas podem ser percebidas com maior facilidade. Como o telescópio aumenta o brilho dos objetos, aglomerados estelares e nebulosas de gás, completamente imperceptíveis aos olhos humanos, passam a serem visíveis, podendo revelar detalhes muito interessantes de serem analisados.

Poder de Resolução
Antes de esclarecer o que pode ser visto através do telescópio, é importante conhecer um parâmetro muito importante sobre o aparelho visual humano chamado Poder de Resolução. Experimente desenhar dois pequenos pontos, bem próximos um do outro, em uma folha de papel. Pregue esta folha na parede e afaste-se dela até não conseguir mais distinguir um ponto do outro. Quando isso acontecer a distância angular entre os dois pontos será de aproximadamente 2 minutos de arco, ou 2'. Esse valor é típico da vista humana normal e significa que dois objetos com distância angular inferior a esta serão percebidos pelos olhos como um objeto único. Algumas pessoas com excelente visão conseguem distinguir pontos mais próximos, de aproximadamente 30 segundos de arco (quatro vezes melhor), mas são exceções.

Estrelas Duplas
No céu existem milhares de estrelas visualmente muito próximas entre si e devido à limitação explicada acima, elas se parecem como um único ponto. O exemplo mais famoso é a estrela Alpha Centauri, localizada a leste do Cruzeiro do Sul.
Vista sem o uso de instrumentos Alpha Centauri é um ponto bastante brilhante, mas quando observada através de um pequeno telescópio percebe-se claramente que não se trata de uma única estrela, mas sim de duas, Alpha Centauri A e B. Se olharmos este mesmo conjunto de duas estrelas com um telescópio dotado de uma objetiva maior, veremos que existe outra estrela próxima a ele, Alpha Centauri C, também chamada de Próxima Centauri. Com deu pra perceber, o poder de separação de um telescópio cresce proporcionalmente com o diâmetro da objetiva principal. Uma objetiva de 100 milímetros (10 cm) de diâmetro tem um poder de resolução de 1 segundo de arco (1”), ou seja, é 120 vezes melhor que nossa vista. Em outras palavras, com um telescópio de 100 milímetros de abertura é possível "resolver" uma separação angular de apenas 1 segundo de arco, 120 vezes mais "colados" do que aqueles que conseguimos ver com nossos olhos.
Resumindo, um telescópio melhora a capacidade do olho em resolver sistemas muito próximos, permitindo observar detalhes completamente impossíveis de serem vistos sem o uso de instrumentos, separando objetos que à vista desarmada pareceriam um único ponto.

Magnitude VisualOutro detalhe importante que o principiante deve conhecer se refere ao brilho dos objetos, medido em magnitudes. Nesse sistema, inventado pelo grego Hiparco no ano de 129 a.C, quanto maior a magnitude de uma estrela, menor será o seu brilho. Assim, estrelas com magnitudes negativas serão mais brilhantes do que aquelas com magnitude positiva. Veja alguns exemplos:
Brilho da Lua Cheia: magnitude de -13
Estrela Sirius, a mais brilhante do céu: Magnitude -1.45
Limite da visão humana: +6
Binóculo de 50 mm: +9
Plutão: +15.1
Limite dos maiores telescópios terrestres: +28
Limite do telescópio Hubble: +30
Pela tabela acima é fácil constatar que nenhum objeto com magnitude superior a +6 pode ser visto pelo olho humano, mas um pequeno binóculo de 50 milímetros já permite ampliar este limite para 9 magnitudes, um brilho 15 vezes mais fraco!

O que dá pra ver?
Como explicado, o que realmente dá poder a um telescópio é sua "abertura". No caso dos telescópios refratores, aqueles formados por lentes, essa "abertura" é o próprio diâmetro da lente que fica à frente do instrumento, chamada de objetiva. Nos telescópios refletores essa "abertura" é dada pelo diâmetro do espelho principal.
Quanto maior a abertura, mais luz se pode captar, além de permitir maiores aumentos.
E não se esqueça: o aumento máximo real proporcionado por um telescópio é 2,3 vezes o diâmetro da sua abertura em mm.
Assim, um telescópio de 60 milímetros de abertura proporciona no máximo 148 vezes de aumento, enquanto um com 200 milímetros permite aumentos de até 460 vezes.

Exemplos Práticos. A tabela abaixo mostra o que se pode ver com diversos tipos de telescópios, levando-se em conta que os mesmos tenham boa qualidade, estejam instalados em local escuro e longe de fontes de poluição luminosa e atmosférica.


Telescópio Refrator de 50 milímetros
Com este simples telescópio já é possível observar estrelas de 9 magnitudes, além de permitir os primeiros estudos topográficos da Lua. Também é possível fazer observações das manchas solares e de suas fáculas (material luminoso que se observa nas imediações da mancha), desde que o instrumento esteja equipado com filtro ou anteparo de observação solar. A observação de Júpiter também se mostra interessante. É possível perceber o achatamento polar do planeta e ver com facilidade seus quatro principais satélites. A observação de Vênus permite o estudo de suas fases e apontando as lentes para Saturno é possível perceber seus anéis, mas forma minúscula. Marte é uma pequena bolinha, quase sem definição. Um instrumento de 50 milímetros permite distinguir estrelas duplas com separação de 5 segundos e contemplar alguns aglomerados como as Plêiades, Híades e também a nebulosa de Órion M42.

Telescópio Refletor de 60 milímetros

Este é telescópio mais popular e muito indicado para iniciar-se Astronomia, pois tem baixo custo e você verifica se realmente tem gosto pela coisa. Com um telescópio de 60mm de qualidade, você observa tudo o que observa com o de 50mm, e também já é possível ver estrelas de 10 magnitudes e resolver sistemas duplos com separação de 3 segundos de arco. Apontando a objetiva para Saturno já é possível ver Titã, seu principal satélite, embora o planeta apareça bem pequeno e se assemelhe a uma micro miniatura. A Lua se mostra bem interessante e podem ser observados detalhes de suas crateras. Detalhes das sombras lunares já chamam a atenção e os relevos das bordas do disco lunar são claramente notados. Ao observar Marte ou Vênus, ambos se parecem como bolinhas arredondadas. Mesmo assim já é possível perceber as fases venusianas.

Telescópio Refrator de 70 milímetros ou Refletor 76mm
Esses são interessantes instrumentos de baixo custo. Com eles ja dá para ver estrelas de 11 magnitudes e separar objetos distanciados por até 2 segundos de arco. Em Marte as calotas polares já são distinguidas como um pequeno ponto branco sobre a borda avermelhada do planeta e já é possível reconhecer a região de Syrtis Magna. Nestes telescópios, Marte ainda se parece com uma pequena bolinha avermelhada. Júpiter começa a revelar alguns detalhes impossíveis de serem visto com telescópios menores e o ligeiro aumento na objetiva ja permite que o observador perceba as faixas equatoriais do gigante gasoso. Em Saturno os detalhes também começam a despontar e a divisão de Cassini em seus anéis também começa a ser vista, se bem que de forma bem tênue. Os quatro satélites, Titã, Rhéa, Japeto e Thetis finalmente podem ser observados com facilidade e são vistos como pequenos pontos luminosos.

Telescópio Refrator de 80 milímetros
Superior ao modelo anterior permite observar objetos celestes de 11.5 magnitudes e desdobrar estrelas com 1.5 segundo de arco de separação. O instrumento também capacita o astrônomo a detalhar melhor os discos planetários e as sombras das manchas solares. Devido ao maior diâmetro da objetiva os aglomerados estelares se tornam mais nítidos e mais fáceis de serem contemplados.

Telescópio Refletor de 114 milímetros
Este telescópio é perfeito para quem deseja iniciar-se na Astronomia, com um custo benefício atraente, e ideal para os amadores. que já adquiriam experiência com modelos menores. Permitem ver objetos de magnitude 12 e separar sistemas estelares com 1.5 segundo de distância entre suas componentes. Quando em oposição favorável permite até mesmo vislumbrar algumas particularidades topográficas de Marte. Na Lua, as ranhuras da superfície passam a ser perceptíveis. Em Júpiter, os detalhes das faixas se tornam mais claros e em Saturno é possível reconhecer seu anel sombrio. O aumento da objetiva em relação ao modelo de 95 milímetros revela mais um satélite ao redor de Saturno: Dionéia. A Nebulosa de Lyra, muito apagada nos outros instrumentos, ganha vida neste instrumento.

Telescópio Refletor de 150 milímetros

Objetos muito escuros, da ordem de 13 magnitudes passam a ser observáveis. Permite também a identificação de algumas manchas aleatórias nos discos planetários de Mercúrio e Vênus, além do estudo das variações de tonalidades e dos aspectos lunares. Em Marte é possível perceber as variações que ocorrem nas calotas polares enquanto as faixas de Júpiter são vistas com bastante nitidez. Um telescópio desse porte também permite a separação de estrelas com menos de 0.8 segundos e os aglomerados mais difíceis de serem vistos já apresentam suas feições típicas. Utilizando uma ocular de aumento médio alguns detalhes de Urano começam a ser visíveis, embora o planeta seja apenas um difuso disco planetário. Isso ajuda a distingui-lo entre o fundo estelar mas nenhum de seus satélites ainda pode ser visto.

Telescópio Refletor de 200 milímetros

Um excelente instrumento para o amador sério que deseja ampliar seus conhecimentos. O grande diâmetro do espelho capacita o astrônomo a ver os objetos do céu profundo, conhecidos por DSO (Deep Sky objects) com mais de 13.5 magnitudes. Astrofotografias de alta resolução dos planetas e satélites já fornecem resultados de grande qualidade técnica.

Telescópio Refletor de 300 milímetros

Sonho de consumo da grande maioria dos astrônomos amadores, um refletor de 300 milímetros permite com folga as observações dos satélites de Urano e de Tritão, satélite de Netuno, além de poder desdobrar sistemas de 0.4 segundos de arco. Seu grande tamanho permite que objetos de 14 magnitudes possam ser vistos. Mesmo assim, qualquer tentativa de observar Plutão será fadada ao fracasso, uma vez que o planeta-anão tem brilho de apenas 15.1 magnitudes. Astrofotografias digitais e registros espectrográficos feitos com um telescópio de 300 milímetros dotado de acompanhamento automático permitem o estudo sério de inúmeros detalhes das superfícies e atmosferas dos planetas

IMPORTANTE:
A potencia de um telescópio é relevante?
 Não!
O mais importante em um telescópio é a sua abertura(objetiva ou espelho). Quanto maior, melhor a resolução.

IMPORTANTÍSSIMO: Um aumento de 100x em um telescópio com objetiva ou espelho de 60mm tem uma resolução muito menor (ou seja, a imagem é muito menos definida), que este mesmo aumento(100x) em um telescópio com uma objetiva de 114mm. O tamanho do astro visto será o mesmo, mas a imagem sempre será mais nítida e terá muito mais resolução quanto maior for a abertura.

E o que importa é a qualidade da imagem que você vê!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Qual o telescópio mais indicado para um iniciante

O tipo de telescópio mais indicado depende em sua maior parte do tipo de observação que você quer fazer. Muitos astrônomos amadores possuem mais de um telescópio, cada um especializado em um tipo diferente de observação. Mas, se você é um iniciante, talvez queira procurar um telescópio que possa usar em várias atividades.

Lembre-se de que há três tipos básicos de telescópios:

refratores - o dispositivo principal para captar luz é uma lente;
refletores - o dispositivo principal para captar luz é um espelho;
telescópios compostos ou catadióptricos - uma combinação de lentes e espelhos é usada para captar a luz.

Cada tipo tem suas vantagens e desvantagens no que diz respeito à qualidade ótica, desempenho mecânico, manutenção, facilidade de uso e preço.
Para ajudar a "casar" o tipo de telescópio com o tipo de observação que você planeja fazer, preparamos uma tabela que relaciona o design e a abertura ao tipo de observação (lua, planetas, espaço profundo, etc).

Geralmente, os refratores são bons para observação lunar e de planetas, ao passo que os refletores se aplicam melhor à observação de objetos no espaço profundo. Já os telescópios compostos são bons para a observação geral.

Além disso, você também deve refletir sobre onde irá fazer a maior parte de suas observações:

céus urbanos com poluição luminosa - telescópios compostos e refratores costumam ser melhores do que os refletores;
céus nas regiões suburbanas com poluição luminosa moderada - todos os tipos costumam trazer os mesmos resultados;
céus escuros em regiões rurais - telescópios compostos e refletores costumam ser um pouco melhores do que os refratores pelo fato de que são melhores para captar luz.

Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/telescopios17.htm

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Como escolher um telescópio

Um bom binóculo atende como um excelente "primeiro telescópio", pelo menos até certo ponto. Os binóculos foram os únicos instrumentos óticos que eu tive no meu primeiro ano como observador do céu, e estes me pareceram ser exatamente a maneira correta de começar.

Escolha bem e um telescópio irá oferecer-lhe uma vida inteira de noites agradáveis de exploração do céu. Uma má escolha é muito provável que ele lhe trará apenas frustração e desapontamento e você acabará abandonando esse magnífico hobbie".

O que fazer para tomar a decisão certa?
Isto depende mais de você do que do telescópio em si. Se você vive no quinto andar de um apartamento no centro da cidade com pouco espaço para guardar coisas e é fascinado pela Lua e planetas, você deveria ter um telescópio inteiramente diferente daquele que você teria se morasse numa fazenda em Mato Grosso com um grande e espaçoso galpão e se o seu verdadeiro amor fossem as galáxias. O dinheiro que você pode gastar, o peso que você pode carregar e a quantidade de observações que você já fez a olho nu e com binóculos são também cruciais.
Marcas
Hoje quase todos os telescópios comercializados no mundo são fabricados na China.
Neste mercado temos de tudo literalmente. Desde modelos excelentes até modelos de baixa qualidade, geralmente vendidos em loja de departamentos, ou lojas populares como genéricos. E não se deixe enganar pelas marcas pois atualmente 95% do mercado são de telesópios fabricados na China com marcas dos Estados Unidos, Japão e Europa. Tradicionais marcas não mais fabricam seus telescópios, apenas colocam suas marcas. Veja a Synta Tecnology Co., Sky-Watcher, empresa Chinesa, que fornece a maioria dos telescópios avançados da Celestron, que completa sua linha, adquirindo de outros fornecedores chineses. Todos este fabricantes também fornecem estes mesmos produtos para diversas outras marcas de qualidade, como Barska, Toya, Meade, Orion, Silstar, Konus. Ou seja, você pode comprar produtos de qualidade de outras empresas, sem pagar mais por isto. Portanto não se deve creditar à nenhuma marca, a qualidade, realmente produzida e fornecida por fabricantes únicos chineses.

A característica mais importante de um telescópio é a abertura, isto é, o diâmetro da lente principal ou do espelho. A abertura determina o brilho e a definição de tudo o que você irá observar. Um telescópio de 70 mm nunca poderá mostrar estrelas mais apagadas, ou detalhes num planeta como fará um telescópio de 150 mm bem feito. Um 150 mm, por sua vez, jamais poderá competir com um bom 250 mm.

O aumento, não é algo a se considerar quando estiver encomendando um telescópio. Você pode fazer qualquer telescópio aumentar quantas vezes quiser usando diferentes oculares. Uma ocular é um pequeno conjunto de lentes que se acopla ao telescópio e por onde se observa os objetos. A maioria dos telescópios vem com algumas delas, e outras podem ser compradas separadamente. Mas é inútil usar um aumento muito grande num telescópio de pouca abertura. Você não verá nada a não ser um borrão aumentado várias vezes. Apenas um telescópio de grande abertura (com uma montagem solida) pode mostrar uma imagem decente com 200x ou mais. Em todo caso, as oculares que aumentam menos são as mais fáceis de usar e as que oferecem as imagens mais agradáveis. Você usará um aumento baixo na maior parte do tempo.

A regra geral afirma que o máximo aumento útil, mesmo sob condições ideais de céu, é 20 vezes por centímetro de abertura. Isto o limita a usar 140x numa luneta de 70 mm, 300 x num telescópio de 150 mm, etc. Mas ainda assim considera-se este limite muito acima do ideal.

Já que a abertura é tão importante, você pode imaginar que escolher um telescópio é fácil, basta escolher o de maior abertura que você encontrar! Mas na prática não é tão simples. Primeiramente escolha um telescópio de boa qualidade. Isto é básico. Se o telescópio for muito pesado para transportar facilmente ou exigir muito tempo para se montar, você raramente vai usá-lo. Mesmo entre os telescópios de mesma abertura, alguns tipos são mais portáteis, outros oferecem imagens mais nítidas e outros são mais econômicos. Os conselhos que seguem o ajudarão a avaliar todos os fatores para tomar a melhor decisão.

Tipos de Telescópios

Existem basicamente três tipos de telescópio a escolher: o refrator, o refletor e o catadióptrico. Cada um deles tem vantagens e desvantagens, as quais você deverá avaliar de acordo com o seu estilo de vida e objetivos de observação.

Refrator

Os refratores possuem tubos longos e relativamente finos com uma lente objetiva frontal que capta e focaliza a luz. A qualidade de um refrator varia do pior ao melhor dos telescópios. Refratores de lojas de departamento do tipo anunciado para o povão são geralmente os piores. A qualidade pode ser baixa, e a sua montagem é freqüentemente tão cambaleante que você quase não consegue apontá-lo para objeto algum. Se o seu orçamento para astronomia o limita a esta faixa de preço, fique com os binóculos.

Você diz que já tem um telescópio deste tipo? Bem, coragem; Galileo iria se deliciar com ele. Mantenha suas expectativas baixas, a sua paciência intacta e não se culpe se ele apresentar problemas. Atitude é tudo. Muitos amadores iniciaram com sucesso com refratores de lojas de departamento. Para os objetos brilhantes e facilmente encontráveis (tente a Lua) eles podem servir muito bem.

Os refratores melhores, por outro lado, também são encontrados no mercado se você tiver paciência de procurar por eles e caixa para pagar por eles. Novos e complexos desenhos de lentes, oferecidos por algumas poucas companhias tem criado os mais soberbos (e caros) telescópios do mundo. Estes telescópios são chamados de "apocromáticos", e não devem ser confundidas com os telescópios mais simples chamados de "acromáticos". Com tanto dinheiro investido nas lentes principais, os fabricantes geralmente também produzem montagens de alta qualidade que trabalham suavemente.

Vantagens

Os refratores de todos os tipos são rígidos, requerem pouca ou nenhuma manutenção e possuem tubos fechados que o protegem da poeira e reduzem a degradação da imagem causada por correntes de ar. Se as lentes forem boas, um refrator oferece imagens nítidas e de alto contraste para uma determinada abertura; isto é especialmente desejável para a lua e os planetas.

Desvantagens

Os refratores geralmente têm abertura pequena, tipicamente entre 60 e 120 mm. Para muitos propósitos astronômicos isto é ainda muito pouco; objetos pouco luminosos como galáxias e nebulosas irão aparecer como fracos borrões quando você conseguir detectá-los. Um refrator normalmente exige um espelho ou prisma diagonal na ocular para tornar a observação mais confortável. Isto torna a imagem espelhada, o que dificulta a comparação com as cartas celestes. Alem disso, um bom refrator custa mais por centímetro de abertura do que qualquer outro dos tipos de telescópio.

Refletores

Os refletores usam um espelho côncavo grande e pesado ao invés de lentes para coletar a luz e focalizá-la. Você olha através de uma ocular colocada no tubo próxima a entrada de luz. Por décadas o refletor reinou sem concorrentes na astronomia amadora. Alguns dizem que ainda reina. O refletor é também conhecido como "newtoniano".

Vantagens

O refletor oferece mais abertura por dinheiro investido. A qualidade ótica pode ser bastante alta. O refletor contém um numero par de espelhos (dois), então você vê uma imagem correta (não invertida). É improvável que a umidade se condense nos espelhos em noites frias, um problema comum em outros tipos de telescópios. A montagem pode ser pequena e baixa próxima ao chão, o que oferece estabilidade, enquanto a ocular ainda fica numa altura conveniente.

Desvantagens

Os refletores exigem mais cuidados e manutenção. O tubo é aberto ao ar, o que significa poeira nos espelhos, mesmo que o tubo seja guardado envolto em capas apropriadas (embora uma quantidade moderada de poeira nos espelhos não afete a performance do telescópio). Os espelhos precisam de ajustes ocasionais para mantê-los perfeitamente alinhados, uma tarefa simples porem tediosa de girar parafusos e roscas nos suportes dos espelhos. Durante a observação, é provável que correntes de ar embacem a imagem até que o telescópio fique com a mesma temperatura do ar circundante (a menos que o tubo seja muito bem ventilado).

Diferentes relações focais

Todos os telescópios, e em especial os refletores, eles apresentam desempenhos diferentes em diferentes relações f/. Em geral quanto maior a relação focal melhor. Relações menores que f/6 ou f/5 exigem que o espelho secundário seja relativamente grande, e isto reduzem um pouco a nitidez da imagem. As distorções se tornam mais aparentes próximas a borda do campo de visão, e todo o sistema ótico é muito mais sensível a pequenos desalinhamentos. Um espelho de relação focal baixa é difícil de fazer com alta qualidade. Também, com uma relação f/ baixa você tem que usar oculares melhores e mais caras para conseguir imagens nítidas em qualquer lugar exceto no centro do campo visão. Por todas estas razões um refletor com f/4 quase nunca vai conseguir o mesmo desempenho de um refletor f/8 bem feito.

Por outro lado, um f/4 é muito mais portátil e manuseável. Tem apenas a metade do tamanho de um f/8. Um refletor de 25 centímetros de abertura com f/4 tem um metro de comprimento e cabe no banco de trás de um carro para que você possa levá-lo para um lugar que tenha um céu bem escuro. Um 25 centímetros f/8 têm 2 metros de comprimento e é um problema logístico maior para transportá-lo.

Catadióptrico

Ou telescópios compostos usam tanto lentes quanto espelhos. A versão mais popular é o Schmidt-Cassegrain, que surgiu no mercado na década de 70 e rapidamente conquistou seu lugar ao lado dos refratores e refletores que já existiam ha séculos. Os comentários seguintes aplicam-se primordialmente aos SCs.

Vantagens

A vantagem dos SCs não está na performance visual, mas sim na portabilidade, conveniência e opções especiais tais como sistemas avançados de acompanhamento computadorizado. Apesar de a maioria das pessoas poderem carregar um refletor de 20 cm para lá e para cá, eles na verdade são pesados e desengonçados. A maioria dos Schmidt-Cassegrain vem com numa maleta que pode ser levantada com uma só mão (o tripé é separado). A maleta pode ser colocada no bagageiro de um carro ou num armário como se fosse uma mala de viagem, enquanto que um refletor tende a tomar todo o espaço de que você dispõe.

O tubo relativamente pequeno de um SC permite um acompanhamento mais confiável, tornando a astrofotografia menos difícil (nunca é fácil). Eles são excelentes telescópios fotográficos. Controles eletrônicos elaborados é uma opção nas montagens dos SCs para fotógrafos e usuários de câmeras CCD. Alguns podem ser adquiridos com sistema de apontamento computadorizado. O usuário digita o numero do objeto que deseja observar e o telescópio automaticamente aponta para o objeto.

Desvantagens

A imagem formada por um SC será provavelmente um pouco menos nítida do que a imagem formada por um bom refletor de mesma abertura. Isso é mais perceptível quando se observa os planetas. O custo de um SC é maior do que o de um bom refletor de mesma abertura. Um espelho ou prisma diagonal é normalmente usado na ocular para oferecer uma posição de observação mais confortável (como nos refratores), e isso significa que a imagem que você vê fica de cabeça para baixo e espelhada. O mecanismo de focalização pode ser muito delicado e impreciso. Você não pode desmontar o telescópio; ajustes maiores significam que você tem de devolver o telescópio para a fábrica ou chamar um ótico especializado.


Montagens

O melhor telescópio não tem valor se ele estiver numa montagem medíocre. O menor balanço será transformado num terremoto seja qual for o aumento que você estiver usando. Você não verá muita coisa enquanto o céu estiver tremendo na ocular.

Infelizmente, quase todas as montagens têm uma desagradável tendência a ficar balançando. Geralmente isto é devido a um descuido na fabricação (ou corte de custo do fabricante) em um ou mais pontos cruciais. Mas, um pequeno grau de instabilidade é o inevitável de se fazer uma montagem leve o suficiente para não ter que ser carregada por um guindaste.

Existem dois tipos básicos de montagens:

A montagem equatorial é construída para que você possa facilmente seguir os objetos celestes na medida que a Terra gira. De outro modo, a rotação da Terra faz com que os objetos saiam do campo de visão da ocular muito rapidamente (em cerca de um minuto usando-se 75 ou 100x). A maioria das montagens equatoriais vem com um motor de passo (acompanhamento) para compensar a rotação da Terra automaticamente. A montagem equatorial deve ser alinhada com o Pólo Sul Celeste toda vez que você montar o telescópio. Felizmente, isso não precisa ser feito muito acurado para observação visual. Basta que se aponte o eixo polar na direção do Pólo Sul Celeste.

A montagem altazimutal é mais simples. Ela apenas se movimenta da esquerda para a direita e para baixo e para cima. Você deve cutucar o telescópio sempre que quiser seguir os objetos pelo céu. A montagem altazimutal é mais barata e mais leve e possui muita estabilidade, vantagens que são exploradas ao máximo nas montagens dobsonianas para refletores gigantes e de baixo custo. Grandes telescópios altazimutais, entretanto, exigem que o usuário seja muito hábil para encontrar os objetos pelo céu. Os dobsonianos realmente grandes são os melhores para observadores experientes de objetos difusos, que são sedentos de abertura.

Qualquer que seja a montagem que você tiver não se impressione com o peso ou tamanho da mesma. Nada pode destruir o seu entusiasmo como uma visão eternamente trêmula, exceto um telescópio apoiado numa montagem realmente solida e estável. Uma montagem que dificilmente balança quando você a toca ou quando você focaliza um objeto é um prazer de usar.

Seus Interesses

Os planetas, a Lua, e estrelas binárias cerradas exigem grande aumento, bom contraste e excelente resolução. Se estes são os objetos que mais lhe interessam, a melhor escolha é um refrator ou um refletor de alta relação focal.

Objetos pouco luminosos como galáxias e nebulosas precisam de abertura, abertura e abertura. Um grande refletor é a escolha lógica se esta será a sua especialidade.

Se você não tem um interesse específico e pretendo tê-lo, um telescópio de tamanho médio será o ideal, talvez um refletor de 15 ou 20cm com relação focal f/6 ou f/8, ou um Schmidt-Cassegrain de 20 cm.

Um fator pode limitar a sua escolha de interesse: poluição luminosa. A Lua e os planetas mais brilhantes escapam ilesos mesmo através da pior poluição luminosa. Mas os objetos mais apagados como as galáxias e nebulosas são devastados por ela. Se você conseguir se proteger de luzes que incidem diretamente sobre você ou seu telescópio, poderá observar a Lua como estivesse numa fazenda. Os objetos menos luminosos, porem, ficarão invisíveis.

Finalmente um conselho em relação ao tamanho do telescópio. Você não apenas olha pela ocular do telescópio, você também tem que transportá-lo, montá-lo e desmontá-lo. E, tudo isso quando a maioria das outras pessoas está mais disposta a ir para a cama dormir. Se você acha que estas tarefas são aborrecidas, provavelmente não irá observar muito freqüentemente. Muitos iniciantes esquecem isso e compram grandes telescópios que se tornam elefantes brancos, pois raramente são usados.

Antes de sair à procura de um telescópio lembre-se que um instrumento pequeno de 60 ou 70 mm pode lhe mostrar mais do universo do que um instrumento de 40 cm, se você usá-lo mais freqüentemente.

O melhor telescópio é o que você vai usar mais. O quando de diversão você vai ter, o quão bom você será como astrônomo amador, dependerá muito mais do tempo que você permanecer observando e não do diâmetro do seu telescópio.

Notas:
(*) - Relação f/ ou #f - A razão entre a distância focal e o diâmetro da objetiva ou espelho do telescópio determina um número - a RELAÇÃO f/ ou #F - quanto menor esse número mais caro e igualmente mais sofisticado tem que ser o desenho óptico do instrumento. Salvo projetos especiais com as objetivas apocromáticas que são extremamente caras dadas a sua alta qualidade e performance óptica. Exemplo: Refrator Amaetur Zeiss 100/1000 é um telescópio com objetiva acromática de 100 mm de diâmetro e 1000 mm de distância focal, logo o seu #f= 1000/100, ou seja: f/10 ou #f=10.

Cuidado
Os telescópios de baixo custo, vendidos em supermercados e lojas populares, geralmente são equipados com oculares e lentes de baixíssima qualidade, e seu desempenho é decepcionante. Este tipo de telescópio, apenas serve para desestimular um iniciante, a prosseguir neste magnífico hobbie. Fuja Disso!

Verdade - Prismas BAK-4 e BAK7



Veja algumas informações sobre Prismas BK4 e BK7

Sempre se encontra alguns locais da internet, ou alguém, dizendo que o vidro do tipo BK7 é inferior ao BaK4 e, sabendo que isto não é verdade, vamos fazer um pequeno artigo com as devidas explicações.

Vidros óticos:
Comparado ao vidro usado nas janelas ou nas garrafas de refrigerante, o vidro ótico é muito mais caro. Isto é resultado da complexidade envolvida na fabricação, tolerâncias a falhas muito pequenas, o uso de polidores cerâmicos alinhados com platina e processos de refrigeração sofisticados projetados para impedir a cristalização do vidro durante sua produção e promover também um impecável nível de qualidade final. Por causa de toda esta complexidade, há somente umas poucas companhias de fabricação de vidro ótico no mundo.

Um pouco de história: No final dos anos 70, na Alemanha, Ernst Abbe e Otto Schott lançaram as bases para os tipos de vidros óticos que são fabricados até hoje. Sua pesquisa envolvia o uso de diferentes elementos adicionados ao vidro derretido e isso possibilitou uma grande melhoraria nos tipos de vidros e nas suas características e desempenho.

Estas melhorias significaram uma dispersão mais baixa de uma luz e uma refracão mais elevada. A companhia de Schott (agora parte da Zeiss) foi a principal colaboradora da tecnologia de vidro que é usada até hoje. As abreviaturas que nós nós usamos até hoje, é derivada de nomes alemães originais designados por Schott para o vidro.

Um exame dos dois tipos: Duas destas variações eram o borosilicate (borkron no alemão) ou BK7 (abreviado) e outra que recorria à bário (baritleichtkron no alemão) o BaK4, uma inovação de uma pesquisa feita mais tarde.

Há realmente muito mais tipos de vidro ótico usados em aplicações especializadas, mas BK7 e BaK4 são praticamente os únicos usados no sistema ótico do consumidor final.

Na prática: Pois bem, o que significa isso tudo quando olhamos por um binóculo? Ambos são praticamente iguais, mas o vidro BaK4 produzirá uma imagem um pouco mais brilhante, porém, as bordas receberão menos luz do que o centro. O resultado é uma imagem que mais escura nas bordas que no centro. O uso do vidro BK7 ajuda superar este fenômeno tendo como resultado uma imagem com o mesmo brilho pela lente inteira.

Resumindo: O tipo BK7 é melhor se produzido DENTRO das especificações de Schott, porém isto significa um custo muito alto. Um vidro BK7 produzido por tecnologias de Schott tem propriedades dispersivas melhores (número de Abbe) e uma transmissão mais elevada nas cores do spectro visível se comparado a um Bak4.

Teste de transmissão de luz em vários comprimentos de onda (in nm):

BaK4:700nm: 0.996, 660nm: 0.995, 620nm: 0.994, 580nm: 0.993, 546nm: 0.993, 500nm: 0.992, 460nm: 0.991

BK7 : 700nm: 0.998, 660nm: 0.997, 620nm: 0.997, 580nm: 0.996, 546nm: 0.996, 500nm: 0.996, 460nm: 0.994

O "Abbe Number" é usado para medir o valor de dispersição de luz por um material. Um número mais elevado de Abbe indica que menos dispersão cromática ocorre pela luz que passa através de tal material. Isto indica um foco superior e uma menor aberração cromática devido a menor quantidade de luz desfocada por vários comprimentos de onda.

Abbe Number of BAK4 Glass: 56.1

Abbe Number of BK7 Glass: 64.2

Isto pode ser comprovado nesta tabela:

http://en.wikipedia.org/wiki/Glass_code

É por esta razão que empresas como a Denkmeier, uma das mais conceituadas empresas fabricantes de binoviewers do mercado usa vidros BK7. Uma rápida pesquisa na internet e você verá que os binoviewers da Denkmeier são preferidos pela vasta maioria dos usuários de telescópios.

Até a conceituada TeleVue usa BK7 em seu filtro Bandmate OIII Filter.

Você mesmo pode observar isto. Comparando por exemplo um Binoviewer da Celestron que usa vidro BK4e um da Denkmeier que usa vidro BK7, a diferença é notável a favor do da Benkmeier, principalmente nas cores e nas bordas nítidas e definidas.
Ou seja, existem binóculos de excelente qualidade com os dois tipos de prismas.

Fonte:
Toninho WiFI Cosmoforum

Binóculos - A Verdade

Um binóculo de qualidade é um instrumento que lhe dará uma enorme satisfação de uso durante muitos anos. É útil conhecermos as suas características mais importantes na altura de decidir qual comprar. Existem à venda modelos muito parecidos com grande diferença de preço, por exemplo, um binóculo de 100 reais pode ter um aspecto exterior parecido com um de 500 reais ou mais. A diferença estará na qualidade ótica, nos tratamentos anti-reflexo, robustez mecânica, etc.

Marcas

Hoje a maioria dos binóculos e telescópios comercializados no mundo são fabricados na China. Neste mercado de binóculos temos todo tipo de equipamento. Desde modelos excelentes até os descartáveis, que não servem para nada. E não se deixe enganar por "marca" pois atualmente, mais de 95% dos binóculos vendidos com "marcas conhecidas", nos Estados Unidos, Japão e Europa são fabricados na China pelos mesmos fabricantes.

Tasco, Bushnell, e outras tradicionais marcas não mais fabricam seus produtos, apenas colocam suas marcas, assim como diversas outras empresas passaram a usar este artifício, encomendando binóculos com seus nomes. Veja a Brunton, que faz bússolas, agora também usa sua marca em binóculos, a Zhumell e Barska nem existiam e agora também são ótimas marcas de binóculos. A Celestron que sempre teve seu nome ligado a telescópios, agora pela mesma forma, coloca sua marca em binóculos fabricados na China. A Nikon, tem a maioria de seu binóculos fabricados na China. Além do que, estes fabricantes chineses, tem suas próprias marcas de qualidade, como a Pentakon, a GSN, a Lugan, a Leidory, a Nikula, a Sumax, a Sierra, a Leidory, a Silstar, e diversas ouras, fabricadas nos mesmos locais e pelos mesmos fornecedores, com a mesma qualidade e padrão das marcas citadas anteriormente. Se você observar atentamente, verá binóculos destas marcas muito parecidos um com o outro, pois na realidade são feitos no mesmo lugar com a mesma tecnologia e qualidade. Somente alguns raros binóculos ainda são fabricados nos Estados Unidos, Japão e Europa. Normalmente são modelos de qualidade, porém com um altíssimo custo. E na China produtos com esta mesma qualidade, são fabricados à preços muito menores. No ramo dos produtos opticos, o custo esta diretamente ligado a qualidade, embora nem sempre, custo significa garantia de qualidade.

O que significam os números?Todos os binóculos são identificados com dois números como 8X40, 10X50, 16x50 ou outros parecidos. O primeiro número indica o aumento e o segundo o diâmetro das objetivas (as lentes da frente). Um aumento de 8X significa que a imagem parece estar 8X mais perto quando observada pelo binóculo. A lua parece 12 vezes mais perto num binóculo 12X50, o seu diâmetro vê-se 12 vezes maior que a olho nu. No caso de binóculos com zoom variável sua descrições mudam, como 10-30x50, 12-45x70, 25-125x80, onde os dois primeiros números significam a variação de seu zoom(potência) e o terceiro, o diâmetro das su objetivas (as lentas da frente). Para um binóculo que se segura na mão recomenda-se aumentos de 7 a 16 vezes porque com maiores aumentos a imagem treme demasiado tornando-se necessário apoiar o binóculo em qualquer superfície estável ou adaptá-lo a um tripé. Quanto ao diâmetro das lentes, os mais usados estão compreendidos entre 20 e 70 (em milímetros) sendo de considerar maiores diâmetros apenas se se tenciona usar o binóculo para astronomia porque maiores diâmetros implicam maior poder de captação de luz. No entanto, um binóculo com objectivas de 40 ou 50 mm de diâmetro já permite ver muito mais estrelas que a olho nu e é um ótimo investimento para quem se interessa por astronomia, porque sempre será utilizado mesmo que mais tarde se invista num telescópio. Dentre estes o de 10X50 é o ideal para a observação do céu, mas também um 7X50 ou um 8X40 (também comum na versão 8X42) servem bem. Os binóculos com zoom tem grande aplicação em observações urbanas e em segurança. Este tema tem um bom desenvolvimento.

Atenção para não ser enganado
Apesar de todas as informações, muitos "vendedores" de sites de leilão, anunciam "binóculos" de nomes Sakura Rongda, e outros, com referencias 20-180x100, 30-260x160, com alcances quilométricos e descrições fantasiosas como  binóculo de metal maquinado, construído com plástico naval, com tampa à prova d'água. Descrevem binóculos vendidos em sinaleiros, de baixíssima qualidade, como se fossem militares, à prova d'água, visão noturna, entre outros absurdos. E pasmem, existem ainda os que caem neste tipo de coisa. Percebam que estes vendedores oferecem diversos outros produtos, todos também encontrados na Rua 25 de Março em São Paulo.
Prismas
Em cada um dos dois tubos de um binóculo, a luz entra pela objectiva e vai até à ocular passando por um sistema de prismas. Os dois sistemas mais habituais são os de prismas tipo "Porro" e os de "Roof", originando dois tipos de binóculos que diferem também no seu aspecto exterior. Os binóculos que usam prismas "roof" têm os tubos rectos resultando num design mais compacto. Os binóculos com prismas Porro têm o vulgar aspecto do tubo estar dividido a meio.Independentemente do preço, o tipo de Porro oferece mais opções de aumentos e diâmetros de objectivas. Estes são também geralmente mais cómodos de segurar na mão e de adaptar a um tripé. O tipo de vidro usado também é importante. Existe os que usam vidro BK7 (borosilicato) enquanto outros usam vidro BaK4 (crown de bário). Os dois sendo de qualidade propiciam imagens de ótima qualidade Os prismas de BaK4 são um pouco mais caros e por isso também os binóculos que os usam são mais caros. No entanto existem binóculos de prismas BK7 com ótima qualidade óptica e não se deve deixar de considerar um binóculo só pelo tipo de prisma que usa.

Emergência pupilar e campo de visão
Estas duas características estão relacionadas com as oculares. O campo de visão é dado em graus ou pela largura do campo a uma determinada distância. Um binóculo com um campo de visão largo é mais confortável pois permite uma observação mais "panorâmica". A maiores aumentos correspondem menores campos de visão. Alguns binóculos com maior campo de visão têm a inscrição "wide field" ou "wide angle". A emergência pupilar é a medida da distância à qual os olhos devem estar para observar todo o campo de visão. Uma emergência pupilar curta é incómoda e torna o uso do binóculo difícil para quem usa óculos. Lembre-se que se usar óculos e não tiver astigmatismo, o melhor é observar sem os óculos e usar o mecanismo de focagem do binóculo.

Saída de PupilaSe segurar um binóculo à distância dos braços pode observar um circulo brilhante centrado em cada ocular. A este circulo dá-se o nome de pupila de saída. Para que toda a luz que emerge das oculares seja aproveitada, o diâmetro da pupila de saída não deve ser superior ao diâmetro da pupila do olho do observador.
Durante o dia, um olho normal tem uma pupila com diâmetro de cerca de 3 mm, que se dilata à noite até um valor de 6-7 mm. Por isso, são de evitar pupilas de saída com diâmetro superior a 7 mm, até porque o diâmetro pupilar do olho diminui com a idade e aos 50 anos um pupila no escuro estará mais perto dos 5 mm.Calcula-se o diâmetro da pupila de saída dividindo o diâmetro da objectiva pelo aumento (por exemplo, num 8X30, divide-se 30 por 8 e dá uma pupila de saída de 3,75 mm de diâmetro).

Tratamento Anti-reflexos
Um aspecto influente na qualidade da imagem são os tratamentos anti-reflexo na superfície das lentes. Para permitir que a máxima quantidade de luz alcance o olho, com mínimo de reflexos, melhor contraste e detalhe, cobrem-se as lentes com uma ou mais camadas (quantas mais melhor) de material anti-reflexo, normalmente fluoreto de magnésio. Esta cobertura é uma película microscópica que se obtém depositando o material sobre as lentes numa câmara de vácuo. Comparada com uma lente normal, uma lente com tratamento anti-reflexo fica mais invisível e o pouco reflexo que ainda apresenta tem uma tonalidade azul, verde, vermelha ou outra. Geralmente os melhores anti-reflexos apresentam um tom residual levemente esverdeado. São habitualmente usadas as seguintes denominações:

Coated - Algumas lentes e prismas têm tratamento.
Fully Coated - Todas as superfícies vidro-ar têm tratamento.
Multi Coated - Uma ou mais superfícies de uma ou mais lentes foram tratadas com múltiplas camadas.
Fully Multi-Coated - Todas as superfícies vidro-ar foram tratadas com múltiplas camadas.

Nota:
Alguns binóculos apresentam objetivas com coberturas vermelho forte Rubi que por vezes são confundidos com binóculos de infravermelhos para visão noturna mas obviamente não o são. Este tipo de tratamento não é tão eficientes na astronomia, embora possam ser usados, pois à noite perdem um pouco a capacidade de transmissão de luz. Este tratamento visa diminuir a transmissão do azul para aumentar o contraste em situações de muita luz como na neve ou na praia. Ou seja, os binóculos com lente Rubi não possuem um ótimo desempenho na Astronomia, embora durante o dia seja imbatível. Os com lente verdes, azuis ou incolores, tem melhor desempenho à noite, porém não tem o desempenho dos Rubi, durante o dia.

FocagemO mecanismo de focagem deve ser simples de atuar, sem esforço mas suficientemente rígido para que não se mova sem necessidade. O melhor é um mecanismo central que mova ambas as oculares ao mesmo tempo, suplementado por focagem independente numa das oculares para permitir compensar alguma diferença entre os dois olhos (anisometropia). Existem alguns modelos de foco fixo que são mais simples de usar pois são pré-focados de fábrica e não têm mecanismo de focagem, mas por isso mesmo, menos versáteis. Não confundir esta característica com auto-focus.
Adaptação a um tripéTodos os binóculos com qualidade mínima devem permitir a adaptação a um tripé, excepto os compactos cuja filosofia de utilização é diferente. Como se vê na foto, normalmente existe na parte de frente do veio central uma tampa redonda que esconde uma rosca normalizada com a mesma dimensão das que existem no fundo das câmaras reflex. O acoplamento ao tripé faz-se com um adaptador ou pode mesmo ser possível fazê-lo directamente.

Conclusão
Um binóculo deve ser comprado sobretudo de acordo com o uso que se lhe vai dar, o que influencia características como o diâmetro das objectivas, o aumento e outras. De um modo geral, devem ser evitados aumentos superiores a 10X porque a imagem tremerá ao usar-se o binóculo na mão.
Para uso geral, binóculo 8X30 ou 8X40 são uma ótima escolha. Estes também são bons para observar estrelas, mas se a idéia principal é essa pode também pensar-se num de 50 mm, com aumento entre 7X e 10X. Se o que se pretende é comodidade de transporte enquanto por exemplo se fazem passeios a pé ou viagens, são de considerar os compactos 8X25, 10X25 ou outros do género, que não incomodam nem fazem peso e estão lá quando necessitamos deles.A focagem central e também de compensação numa das oculares são essenciais em qualquer binóculo digno desse nome. Exceto talvez nos modelos compactos, deve-se procurar adquirir um com possibilidade de adaptação a um tripé, ainda que se deixe para mais tarde a compra desses acessórios.
A qualidade dos anti-reflexos, o vidro e o tipo dos prismas, a precisão na produção dos componentes ópticos, o controle de qualidade, são factores que influenciam o custo final e um bom instrumento em todos estes aspectos nunca pode ser o mais barato.

Cuidado
Em alguns sites de leilão, aberto a "vendedores" diversos, que nem sabem o que vendem, encontramos nomes "binóculos" com nomes Sakura, Rongda, Megatron e alguns outros, com descrições fantasiosas, como alcances de 1 km, 16 km, etc. Se você reparar, estes mesmos tipos de "binóculos", são oferecidos por diversos vendedores no mesmo site de leilão. São "binóculos" comercializados na região da Rua 25 de Março, em São Paulo, onde estes vendedores compram, para entregar ao futuro "observador", após efetuar a venda.  Você vai jogar dinheiro no lixo e perder seu precioso tempo.

Binóculos com Visão Noturna
Qualquer binóculo é para ser usado de dia e de noite, ou seja, ou seja, possui visão noturna. O que um binóculo faz é aproximar um certo número de vezes, tanto faz se durante o dia ou durante a noite. O que você verá é o objeto visado mais perto. 

Existem os Nightvision: Esses são instrumentos para ver no escuro total, e mostram uma imagem tipo fósforo verde, pois apenas sensibilizam as regiões pela temperatura e não aproximam quase nada. Sua comercialização é proibida no Brasil. O seu porte, compra ou posse sem a devida autorização,  é considerada crime inafiançavel de tráfico de armas. Este tipo de equipamento geralmente decepciona quem imagina tratar-se de algo extraordinário. Para mais informações sobre binóculos de visão noturna visite o site abaixo da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados, Exército Brasileiro:DFPC - http://www.dfpc.eb.mil.br/paginas/index.html